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Galeria Luciana Brito

Nelson Leirner: Assim é...se lhe parece

LB News
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A Galeria Brito Cimino apresenta a partir do dia 29 de abril mais uma significativa mostra de Nelson Leirner entitulada “Assim é... se lhe parece”, reunindo 21 obras inéditas. Concebida com um forte teor crítico em relação à política mundial, esta série, que Nelson Leirner vem desenvolvendo desde meados de 2002, talvez tenha chegado na hora certa. O título da exposição –tomado de um autor de teatro como Luigi Pirandello– defende a ironia por cima de qualquer cartografia. “Assim é... se lhe parece” é uma série de “mapas com espectador”, uma obra na qual a cumplicidade faz parte do mapeamento do artista.

 

Tratam-se de apropriações de mapas nos quais Nelson Leirner faz veementes interferências com imagens da cultura popular. Nos diversos mapas expostos Nelson Leirner cola adesivos, que revelam a política vigente no mundo e as suas conseqüências. Alguns dos adesivos utilizados são personagens dos desenhos do Walt Disney, outros são bandeiras americanas, adesivos de caveiras, entre outras imagens da cultura popular.

 

São sete obras realizadas em fotografia (metacrilato), medindo 120 x 198 cm, 120 x 222 cm, 180 x 120 cm e 120 x 218 cm. Além das fotos Nelson Leirner também expõe 14atlas com as apropriações e interferências.

 

Esta série de mapas de Nelson Leirner surge para localizar o espectador diante de seu planeta, ou então para desorientar a sua percepção. A cartografia identificada nestes mapas está composta por símbolos conhecidos do público, que juntos formam um significado preciso e carregado de intenções. De forma caricata, entre o simulacro e a realidade, estes mapas são uma representação cultural e política, inquestionavelmente verdadeira. A questão política, tratada de diversas maneiras em toda a obra de Nelson Leirner desde os anos 60, sempre esteve muito presente.

 

As figuras usadas nos mapas de Nelson Leirner são pueris e inocentes, mas claras e simbólicas para a compreensão de qualquer pessoa. Com estas obras podemos nos deparar com aspectos da globalização e do colonialismo/imperialismo sem imagens de pessoas passando fome, sem ouvir os sons de guerra, sem ouvir os discursos inflados dos governantes. Simplesmente podemos compreender esta mesma situação cultural e social através de uma magistral ironia, humor e subversão do artista, que deflagra com os seus mapas o mundo em que vivemos.  

29.04.2003 a 24.05.2003

 

 

terça a sexta-feira, das 10h às 19h
sábados, das 11h às 17h
entrada gratuita