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Galeria Luciana Brito

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Leandro Erlich participa de “Invento | As Revoluções que nos Inventaram”

Com curadoria de Agnaldo Farias e Marcello Dantas, a exposição procura abordar a maneira como os artistas se apropriam de invenções científicas

Leandro Erlich, Elevator Pitch - Conversaciones de ascensor, 2011
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As obras de Leandro Erlich (Argentina, 1973) dividem com a rica tradição da literatura fantástica de seu país de origem alguns elementos essenciais: a ambiguidade perante episódios estranhos e fantásticos – sempre inseridos em um contexto tão realista quanto possível – e, por consequência, o mistério. Em ambos os casos, o leitor/espectador é colocado em estado de incerteza constante sobre a realidade, não por espetaculares manifestações do maravilhoso, mas sim por uma representação levemente defasada do mundo.

 

No caso de Leandro Erlich, os cenários desses deslocamentos são arquiteturas cotidianas, como a fachada de um prédio, um consultório de psicanálise, um elevador, uma porta, uma janela. A banalidade desses ambientes é essencial para que o fenômeno do estranhamento ocorra – quanto mais familiar for o entorno, mais significativa se fará a presença daquele único detalhe fora do lugar ou a ausência de determinado elemento. Não se trata, no entanto, de mero simulacro: o deslocamento é rapidamente apreendido pelo espectador, o funcionamento do mecanismo que gera a ilusão é compreendido, e a criação se apresenta como processo simultaneamente artístico e científico.

 

Tendo isso em vista, o artista não podia deixar de figurar na exposição Invento | As Revoluções que nos Inventaram, de 5 de agosto a 4 de outubro na Oca (São Paulo). Com curadoria de Agnaldo Farias e Marcello Dantas, a mostra explora as intersecções entre ciência e arte através de obras que se apropriaram de algumas das maiores invenções dos últimos 150 anos, sobrepujando seu caráter utilitário em favor de sua transmutação em objetos de contemplação estética.

 

Mais informações podem ser encontradas no site da revista DASartes.