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Galeria Luciana Brito

LB News

Luciana Brito na ARCO Madri

Participação assinala mudanças e incluiu premiação de Héctor Zamora

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Além de uma transformação no modo como se apresenta em feiras, a ARCO 2014 foi uma ocasião de celebração para Luciana Brito Galeria, já que Héctor Zamora foi premiado no evento.

 

Desde esta participação, a galeria opta por aprofundar a experiência de contato com os artistas que representa, por meio de exposições monográficas ou de no máximo dois artistas. Dessa forma, a compreensão e as reflexões que cada produção apresenta podem ser adensadas – seja através de um olhar mais cuidadoso sobre a obra de um determinado artista, seja pelo diálogo entre poéticas e procedimentos de dois diferentes artistas. Para esta ARCO, os artistas apresentados são Caio Reisewitz (Brasil, 1967) e Héctor Zamora (México, 1974).

 

O apuro técnico e a eventual placidez das fotografias de Caio Reisewitz não raro exigem um olhar demorado para revelar sua eloquência: passado o instante de deleite visual, nota-se que as fotografias não obedecem a uma intenção descritiva e, em meio à ausência de pessoas em suas paisagens, o nosso olhar é convertido na única instância de humanidade para além de algum vestígio na imagem contemplada. Em suas fotomontagens, em que o curador Fernando Cocchiarale identifica vestígios do legado dadaísta de Hausmann e Hannah Höch, o humano pode se fazer visualmente presente, mas então seu estatuto surge transfigurado. Assim, de maneira transversal, silenciosa, as paisagens de Caio, tão pouco humanas, abordam o humano.

 

 

Artista premiado

Já Héctor Zamora parte da “paisagem” humana – o fazer humano, os indícios mais concretos de sua presença cultural – com uma abordagem formal, mas nunca formalista. Suas obras criam correlações entre estrutura social e construto artístico. Um dos procedimentos pelo qual Zamora o faz é, como acontece nas obras presentes nesta ARCO, associar materiais utilizados no trabalho cotidiano a formas e ações claramente artísticas, como na disposição geométrica presente em Escalon, escultura de parede formada por blocos de cerâmica, ou no modo como uma operação humana comum na construção civil se converte em performance em Material Inconstancy, vídeo baseado em happening apresentado na última Bienal de Istambul.

 

Feira de arte mais tradicional do mundo, a ARCO inclui premiação, que este ano contemplou Zamora. Ganhador do Prêmio Comunidade de Madri para Jovens artistas, Héctor Zamora obteve o reconhecimento por meio de Material Inconstancy – o prêmio inclui a aquisição da obra para a coleção do CA2M Centro de Arte Dos de Mayo, ligado à feira. A peruana Andrea Canepa foi a outra artista ganhadora.

 

Clique aqui para saber mais sobre o prêmio oferecido ao artista.