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Galeria Luciana Brito

Liliana Porter: The Enemy e Outro Olhares Oblíquos

LB News
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curadoria de Adolfo Montejo Navas.

 

A exposição já é a terceira realizada pela galeria sobre a artista argentina, radicada nos EUA,Liliana Porter. Esta é a mostra mais completa da artista já realizada no Brasil, com um conjunto de mais de 40 obras, que abrange toda a diversidade de sua produção, como pinturas, instalações, vídeo, obras gráficas, desenhos e fotografias, inclusive mostrando seus trabalhos mais recentes, que traz novas estratégias visuais. 

 

Ao todo, serão 45 obras que irão ocupar todo o espaço da galeria. Para abrir a exposição, são mostradas algumas obras históricas, datadas do início da carreira de Liliana Porter, como a fotografia Untitled – Hands and Triangle (1973, 8 x 8 cm) e as fotogravuras Untitled – Wrinkle III(1968/69, 41,28 x 33,66 cm) e The Moon (1977, 38,48 x 25,4 cm). Esses trabalhos, juntamente com a obra que dá nome à exposição, The Enemy (2007, 100 x 86 cm), e a instalação To Fix it III (2010, 16,5 x 110,5 x 26,7 cm), antecipam os outros trabalhos, inclusive alguns de grande dimensão e instalações, como Forced Labor – Hay (2011, 20 cm/diâmetro), Black Drip – Dutch Girl (2008, 17,8 x 110 x 26 cm) e Dancers (2010, 15,5 x 61 cm)

 

Além dessas, também são mostradas, pela primeira vez no Brasil, as obras raras feitas em tecido,Knot (2006, 54 x 47 cm) e The Garden (2006, 60 x 48 cm), e fotografias mais recentes, bem comoBlack Drips I e Black Drips II (2008, 56 x 75 cm e 56 x 84 cm, respectivamente), Magritte (2008, 11 x 15 cm) e Brancusi (2008, 11 x 16 cm). Também são expostos trabalhos inéditos em desenho, além de trabalhos gráficos. Na sala de projeções, ainda, será apresentado o vídeo Matiné (2009, 20 min.). Como destaque, a exposição irá mostrar também uma coleção inédita de litografias, sendo algumas delas, inclusive, com elementos sonoros: Elvis (2011, 74,5 x 54 cm) e Oh (2011, 74 x ­­­­4 cm).

 

Liliana Porter sempre procurou exprimir, por meio de seu trabalho multifacetado, sua forma única de perceber a realidade. Sendo assim, é possível identificar em sua obra elementos significativos, como a síntese, a concisão e a polissemia, bem como a simultaneidade temporal e a ausência de linearidade em suas narrativas estéticas. Segundo o curador, Adolfo Montejo Navas, “essa proposta expositiva destaca as questões mais importantes da poética de Liliana Porter, como a reflexão sobre a representação; a lateralidade do sentido das coisas; o humor e a concisão como ferramentas desmistificadoras de totalidades e monumentalidades; a relação contígua e vinculante dos imaginários multiculturais diversos; a exploração do paradoxo de nossa existência; e a elevação do enigma da imagem e de sua fábula estética”.

 

Liliana Porter nasceu em Buenos Aires, na Argentina, onde frequentou a Escuela Nacional de Bellas Artes, mudando-se para Nova Iorque ainda em 1964. Já com experiência gráfica, nos anos 70, seu trabalho tornou-se conceitual e minimalista e consolidou a poética que caracteriza sua obra até hoje. Exposições recentes incluem The New York Museum (Nova Iorque, EUA, 2011), Museo Tamayo (Cidade do México, 2009), Museum of Modern Art (Nova Iorque, EUA, 2008-09), Tokyo Metropolitan Museum of Art (Tóquio, Japão, 2008), MALBA (Buenos Aires, Argentina, 2008), etc. No Brasil, participou da VI Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2007) e expôs no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2007), etc. Sua obra figura, ainda, em importantes coleções públicas: Tate Modern Collection (Londres), Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque), Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia (Madri), Daros Collection Zurich (Suiça), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Museum of Modern Art (Nova Iorque), Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), El Museo del Barrio (Nova Iorque), dentre outros.

21.09.2011 a 22.10.2011