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Galeria Luciana Brito

Residência ao Acaso

LB News
  • Dinho Araujo, “História dos animais e árvores”, 2024, couro de bode e corino, 47 x 29 x 24 cm
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A Luciana Brito Galeria transforma seu espaço em um território livre e aberto às novas conexões propostas pela exposição "Residência ao Acaso", cujo conceito promove um diálogo inédito entre quatro projetos distintos de residência artística no Brasil. Para esse jogo curatorial, a galeria convidou Chão (Maranhão), Fidalga (São Paulo), JA.CA - Centro de Arte e Tecnologia (Minas Gerais) e LABVERDE (Amazonas), onde cada uma selecionou dois artistas: Alisson Damasceno (Belo Horizonte, MG), Laíza Ferreira (Ananindeua, PA), Dinho Araújo (São Luís, MA), Luis83 (São Paulo, SP), Trojany (Icó, CE), Renata Padovan (São Paulo, SP), Sayako Oguri (Gifu, Japão), Tieta Macau (Fortaleza, CE). A ideia é integrar a diversidade decorrente desses discursos e origens, bem como as experiências individuais que geralmente conduzem essas produções, por meio de uma proposta que aborda a liberdade nômade, própria das residências artísticas.

 

O tema livre inicialmente proposto desenha um caminho curatorial contrário ao tradicional. A escolha das obras flui livremente e o conjunto vai tomando forma pelas associações comuns que envolvem essas produções. Trata-se de um desafio, onde a liberdade de criação funciona como um amálgama que conecta a pluralidade estética e conceitual de cada discurso artístico. Cada artista associa, ainda, suas próprias experiências, o que inclui os saberes adquiridos nos projetos de residência participantes da mostra.

 

Dessa forma, enquanto "Chão" propõe trocas entre as vivências do centro histórico de São Luís do Maranhão e outras partes do mundo, o projeto mineiro "JA.CA" fomenta experimentações a partir da relação com a educação, arquitetura e o design. Já o LABVERDE, da Amazônia, atua como uma plataforma transdisciplinar voltada para o meio ambiente e o Projeto Fidalga, um dos mais tradicionais da cena paulistana, promove o encontro de profissionais das artes visuais apostando na afetividade que a experiência com a arte pode proporcionar.

 

 

Sobre Chão (Maranhão) 

Artistas: Tieta Macau (Fortaleza, CE) e Dinho Araújo (São Luís, MA)

Fundado em 2015, localizado no Centro Histórico de São Luís, tem desempenhado papel fundamental no fomento e formação de fluxos entre outros estados e países, sendo co-responsável por parte da produção emergente, abrindo campo de trabalho, pesquisas e experimentações. Aberto a diferentes vertentes da cultura local e nacional, o projeto está comprometido com questões de inclusão e profissionalização dos processos de trabalho no campo da cultura e sua dimensão coletiva. Voltado às práticas de formação não convencionais, surge com a intenção de proporcionar ambientes propícios para o diálogo e os processos de ampliação e troca direta de conhecimentos com o público e manifestações do entorno, no contexto da cultura contemporânea. Recentemente Ponto de Cultura.

  

Sobre o JA.CA (Minas Gerais)

Artistas: Trojany (Icó, CE) e Alisson Damasceno (Belo Horizonte, MG)

O JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que realiza e fomenta pesquisas, projetos e experimentações no campo das artes, em diálogo estreito com a educação, a arquitetura e o design. Desenvolve atividades em sua sede, situada no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), assim como em outras localidades e instituições parceiras. Atualmente, além de se dedicar aos projetos no bairro, o JA.CA também realiza o projeto Arrudas – Pesquisa em Artes, no hipercentro da capital mineira. A iniciativa tem origem em 2010 como um projeto de residências artísticas internacionais e atualmente conta com estrutura para moradia, áreas de convivência, ateliê, biblioteca e laboratórios de marcenaria e serralheria. Desde sua fundação, o JA.CA recebeu mais de 100 artistas, coletivos, curadores e pesquisadores para desenvolverem pesquisas e ações colaborativas voltadas ao contexto local. Com uma atuação diversificada e com reconhecimento internacional, o JA.CA acumula ampla experiência na execução e gestão de projetos, promovendo encontros e ações colaborativas com instituições públicas e privadas.

 

Sobre o LABVERDE (Amazônia)

Artistas: Laíza Ferreira (Ananindeua, PA) e Renata Padovan (São Paulo, SP)

Criado em 2013, o LABVERDE é uma plataforma transdisciplinar baseada na Amazônia brasileira, que organiza residências artísticas, palestras, exposições, festivais, workshops e publicações, a partir do desenvolvimento de linguagens artísticas sobre o meio ambiente. Artistas, cientistas, indígenas e outros agentes do conhecimento trabalham em conjunto para reconhecer e dar voz à natureza, na tentativa de criar novas formas de existir e interagir com o ambiente natural e pensar novas abordagens sobre os ecossistemas atuais. Criado por um coletivo de mulheres, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), a plataforma é liderada por Lilian Fraiji, que assina a curadoria artística, tem a produção de Tammy Cavalcante e a orientação da ecóloga Flávia Santana. A cada projeto, articula-se uma rede plural de profissionais e instituições, locais e internacionais, que acredita na preservação da sociobiodiversidade dos ecossistemas naturais.

 

Sobre Projeto Fidalga (São Paulo)

Artistas: Sayako Oguri (Gifu, Japão) e Luiz83 (São Paulo, SP)

 

O Projeto Fidalga, desdobramento do Ateliê Fidalga, surgiu em 2011. Organizado pelos artistas visuais Sandra Cinto e Albano Afonso, é um espaço independente, sem fins lucrativos, dedicado a projetos experimentais e residências artísticas, com o objetivo de promover o intercâmbio de ideias e reflexões em artes visuais, arquitetura, urbanismo, design e educação. O novo espaço, renovado pelo escritório de arquitetura 23 Sul, conta com 3 salas expositivas, áreas multiusos e alojamentos para receber artistas, curadores, arquitetos e educadores. Além da "Residência Paulo Reis", em parceria com o Aomori Contemporary Art Centre, Appleton e DIDAC, o Projeto Fidalga desenvolve o Programa PONTE, no qual um artista brasileiro é convidado a realizar um trabalho em diálogo com os artistas residentes, e o Programa ATIVAÇÃO, no qual artistas residentes em São Paulo são convidados a ativar os espaços.

 

abertura: 19 de outubro, das 14 às 17h

visitação: de 19/10/2024 a 09/11/2024

segunda, das 10h às 18h; terça à sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 17h