Obra como Arquivo. Arquivo como Obra - Curadoria de Cauê Alves
Luciana Brito Galeria e OVO apresentam Obra como arquivo. Arquivo como obra, com curadoria de Cauê Alves. O objetivo é fugir do conceito de uma exposição de arte convencional e oferecer uma oportunidade de disponibilizar meios para entender melhor o processo de criação do artista. Mais do que complementar o espaço expositivo da OVO, a mostra reúne os artistas representados pela galeria através de um projeto curatorial simbiótico que aproveita todos os ambientes criados e permite ao público se apropriar das áreas de convivência para interagir e apreciar.
O ato de arquivar implica em não apenas registrar eventos, mas também em produzir memória. Tudo o que é conservado pressupõe o que é descartado, ou seja, só há lembrança porque há o esquecimento e só se guarda o que naturalmente já passou por um crivo seletivo. Cauê Alves seguiu essa teoria para desenvolver e por em prática o projeto curatorial que demandou trabalhos diversos que tanto se referem a acontecimentos passados como foram desenvolvidos para projetos futuros. São eles: invenções, construções poéticas, pesquisas e resultados de exercícios de autocompreensão dos próprios artistas.
“As obras selecionadas não traduzem uma história objetiva, ao contrário, elas se afastam de qualquer pretensão de uma verdade positiva. As classificações e ordenações da mostra são deliberadamente subjetivas e transitórias. Uma possibilidade de futuro ou uma memória”, explica o curador. Para ele, os ‘arquivos’ empreendidos na mostra devem ultrapassar os limites históricos. Apesar da ordenação dos fatos e informações sugerir poder e domínio, a configuração de Obra como aquivo. Arquivo como obra representa uma ordem provisória e efêmera, um ‘arquivo’ que não possui hierarquizações estáveis. “Não se trata de conceber o ‘arquivo’ apenas como referência ou fonte de consulta, mas como o próprio trabalho de arte”, explica.
Sobre O curador
Cauê Alves (São Paulo, Brasil, 1977) é mestre e doutor em filosofia pela FFLCH-USP e professor do Departamento de Artes da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras, e Artes da PUC-SP. Desde 2006 é curador do Clube de Gravura do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Realizou, entre outras curadorias, MAM[na]OCA: arte brasileira do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (2006), a mostra Quase líquido, Itaú Cultural (2008) e Mira Schendel:avesso do avesso (2010) no Instituto de Arte Contemporânea. Foi um dos curadores do 32º Panorama da Arte Brasileira do MAM-SP (2011) e curador-adjunto da 8ª Bienal do Mercosul (2011). Recentemente, fez a cocuradoria de Más Allá de la Xilografía (2012), no Museo de la Solidaridad Salvador Allende, em Santiago, Chile.
Abertura: 5 de abril de 2013, Sexta-feira, das 10h30 às 13 horas
Exposição: até 4 de maio de 2013
Local: OVO
Curadoria: Cauê Alves
Artistas: Anthony McCall, Caio Reisewitz, Eder Santos, Fabiana de Barros e Michel Favre, Geraldo de Barros, Héctor Zamora, Leandro Erlich, Liliana Porter, Lucas Bambozzi, Marina Abramovic, Mônica Nador, Pablo Lobato, Raphaël Zarka, Regina Silveira, Ricardo Basbaum, Rochelle Costi e Waldemar Cordeiro
Artista convidado: Ronaldo Grossman
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Luciana Brito Galeria
Avenida Nove de Julho 5162
São Paulo Brasil 55 11 3842 0634