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Galeria Luciana Brito

LB/Festival de Vídeo Online

A cada semana, a partir do dia 28 de abril, a Luciana Brito Galeria disponibilizou um novo vídeo, uma nova experiência, que ficará em nosso site por tempo indeterminado. Assim, você pode ver e rever, quantas vezes e quando quiser. O objetivo foi propor uma reflexão sobre um conjunto significativo de trabalhos tanto de artistas que são representados por nós, quanto de outros que achamos relevantes para a proposta. O vídeo da semana é "Photokinetic" (2020), de Héctor Zamora (México). Acompanhe!

 

Curadoria: Analivia Cordeiro
Texto Curatorial: leia aqui

LB News

Forest Warrior – Xondaro Ka’aguy Reguá, 2020

 

Dirigido e Produzido por: ANGRY duo (Bruno Silva e Gabe Maruyama)
Roteiro: Bruno Silva
Estrelando: Kunumí MC
Direção de Fotografia: Alexandre Vianna
Direção de Arte: Angry + Alexandre dos Anjos
MoVI / Subaquáticas: Renato Passarelli
1 ass Câmera / foquista: Helio Takemoto
2 ass Câmera: Lucas Fodor
Estagiária de Câmera: Lorena Gebara
Fotógrafo Still: Gui Christ
Gaffer: Tiego de Jesus
Assistente de Produção: Marcos Maruyama
Assistente local: Tupã Mirim
Motoristas: Gomes, Marcelo, Frota de Cinema
Edição: Gabe Maruyama e Fernando Freitas (Magnata)
Tratamento de Cor: Lutz Foster C.S.I / Liquor Media
Design Gráfico - VFX: Igor Ribeiro / Mistika Post
3D: Casinha
Produção ANGRY + AVNOVE
Produção executiva: ANGRY
Letra: Kunumi MC + Bruno Silva
Estúdio de Gravação: Matéria Rima
Sound Design: Lucas Moreno
Composição e Produção Musical: Fadel Dabien
Tradução (legendas): Português - Kunumí MC, Inglês - Sam Dias, Nina Elliott

 
"Forest Warrior - Xondaro Ka'aguy Reguá" (Guerreiro da Floresta) é sobre um guerreiro com poderes, uma ficção futurista, mas também muito atual. Estrelando Kunumi Mc, esse guerreiro é para nós uma representação do que é ser indígena, um ser forte, tão pertencente à natureza, a ponto de ser um com ela. Retrato de uma nova geração de povos indígenas que usam educação, arte e tecnologia para defender seus direitos e suas terras. O filme é uma homenagem a todos os povos indígenas do Brasil e do mundo, e também um manifesto de liberdade criativa que os permite, como seres humanos, tomar suas decisões individuais como cantar rap, escrever livros, ter uma carreira, percorrer outras culturas e, mesmo assim, continuam sendo indígenas. O videoclipe traz referências artísticas de diferentes povos do mundo. Feito para um som original, que traz amostras de violino indígena com beat de trap music misturado ao reggaeton, combinadas com o canto Guarani. É também o retrato de um novo movimento cultural, o futurismo indígena. A música retrata a realidade dos povos indígenas de força e resistência, desde a invasão dos portugueses até o presente momento, sob a visão de um indígena."
ANGRY duo
 

ANGRY duo (Bruno Silvia e Gabe Maruyama)

 
ANGRY é uma dupla formada por Bruno Silva e Gabe Maruyama. 
 
Diretores que se completam, com formações distintas, em cinema, fotografia, artes cênicas, montagem e roteiro. Possuem uma linguagem cinematográfica moderna, transitam por diversas mídias e formatos. Criativos, desenvolvem um trabalho autoral expressivo com curtas metragens e videoclipes que tem sido referência no mercado audiovisual voltados para questões sociais, como o curta "Vidas Negras Importam" que fala do genocídio do povo preto e videoclipes que falam sobre a demarcação de terras indígenas.
 
Bruno Silva estudou cinema, arte, criação de roteiro e direção de fotografia. Na sua busca por conhecimentos e técnicas, fez questão de trabalhar com diversos formatos passando por set’s de longa-metragem, curta-metragem, publicidade, videoclipes e tudo relacionado. Foi considerado o diretor de produção mais jovem do mercado e acompanhou de perto a transição da película para o digital, onde encontrou a oportunidade de realizar as suas ideias. 
 
Gabe Maruyama também é fotógrafa e montadora. Estudou artes cênicas, cinema, operação de câmera, fotografia, direção de fotografia e edição. Iniciou sua carreira como assistente do fotógrafo Klaus Mitteldorf. Adora registrar e contar histórias. Narrativa sempre foi seu forte, e logo ela passou a dar movimento às suas imagens.
 
Um olhar feminino na direção, com sensibilidade e ousadia. Gabe é a primeira diretora de filmes publicitários PCD (pessoa com deficiência) do Brasil, e faz parte do movimento de diretoras Freethework (Freethebid). Trabalha atualmente no desenvolvimento de uma série teen de sua autoria.
 
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    Héctor Zamora, Photokinetic, 2020

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    Re-Construtivo, 2020

    Analivia Cordeiro

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    Forest Warrior – Xondaro Ka’aguy Reguá, 2020

    ANGRY duo (Bruno Silvia e Gabe Maruyama)

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    Ouragualamalma, 2020

    Eder Santos

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    Encruzidança, 2018

    Kelly Santos e Naná Prudêncio

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    Vidbits, 1974

    Alvy Ray Smith

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    Do Peito ao Prumo, 2020

    Tothi dos Santos

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    The Trip, 1976

    José Roberto Aguilar

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    Sunstone, 1979

    Alvy Ray Smith

  • Thumb frame

    Tudo Está Dito, 1974

    Augusto de Campos

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    Hommage a Mondrian, 1972

    Jean Otth

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    Flesh I e Flesh II, 2004

    Analivia Cordeiro

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    Limiar, 2015

    Regina Silveira

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    Homenagem a George Segal , 1985

    Lenora de Barros

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    Bronze Revirado, 2011

    Pablo Lobato

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    Landscape for White Squares, 1972

    Anthony McCall

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    VT Preparado AC/JC, 1985

    Walter Silveira e Pedro Vieira

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    Places of Power, Waterfall, 2013

    Marina Abramovic

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    Una Milla de Cruces Sobre el Pavimento, 1979

    Lotty Rosenfeld

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    Alvos, 2017

    Lenora de Barros

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    Ituporanga, 2010

    Caio Reiseiwtz

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    Nas Coxas, 2018

    Héctor Zamora

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    Non Plus Ultra, 1985

    Tadeu Jungle

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    Há Casas, 2018

    Rochelle Costi

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    0=45 Versão I, 1974

    Analivia Cordeiro

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    Dormindo Acordada, 2011

    Fabiana de Barros & Michel Favre

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    Earthwork, 1972

    Anthony McCall

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    O Pulsar, 1975

    Augusto de Campos

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    Actualidades / Breaking News, 2016

    Liliana Porter

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    Campo, 1976

    Regina Silveira

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    Tumitinhas, 1998

    Eder Santos

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    Corda, 2014

    Pablo Lobato

  • Anthony McCall "Landscape for White Squares" 1972
    1/10

Aqui você verá vídeos históricos. Enquanto uns são praticamente inéditos, outros são consagrados pela história da arte. Em seus mais de 50 anos de existência, a vídeoarte é uma mídia que se caracteriza por sua enorme flexibilidade. Os formatos destes vídeos passaram por mais de dez variações: desde o início, com as grossas fitas U-Matic ou Betacam, por exemplo, até os pequenos e atuais pen-drives com suas enormes capacidades. Conhecer as transformações as quais essas obras sofreram é, hoje em dia, muito mais interessante do que se poderia pensar, considerando a acessibilidade atual da tecnologia, além da possibilidade de conhecer as fontes originais nos faz compreender que são justamente esses instrumentos que formatam o nosso mundo e a nossa percepção. Esta exposição tem o objetivo de mostrar como esses dispositivos existentes no passado podem nos ajudar a compreender e complementar o resultado artístico como um todo. 

 

O modo de exibição também variou muito: hoje existem inúmeras plataformas, desde celulares de pequena dimensão, até projetores 4K – Ultra HD, com grande extensão e qualidade excepcional. Mais uma vez, seguindo os rumos e as necessidades da nossa história, essa arte se reinventa e adquire um valor único quando entendemos, sentimos, compartilhamos e discutimos sua capacidade em traduzir um momento histórico, um lugar geográfico específico, ou mesmo um comportamento particular que se torna universal.

 

Neste momento de isolamento social, a câmera de vídeo ganhou status de principal meio de comunicação visual, o único canal entre aqueles a quem queremos comunicar. Com isso em mente, podemos avaliar o significado de se expressar através de uma câmera. Podemos ainda compreender melhor a razão da qual os artistas escolheram este recurso para contar suas histórias e se posicionar no mundo, ressignificando-o através das lentes e do olhar do espectador. 

 

 

Mesmo hoje sendo tão próxima de nós, a câmera de vídeo nos impõe condições e a principal delas é que tudo o que queremos expressar deve se encaixar dentro de um retângulo, presente em todos os dispositivos de exibição de vídeo, desde aparelhos celulares até datashows. Ao mesmo tempo, há o desafio de fazer com que o espectador perceba a mensagem e seja instigado a imaginar o que acontece fora deste retângulo. É um jogo, e ao mesmo tempo, uma ditadura: a ditadura do retângulo. Nessa obrigação de enquadrar o mundo dentro de um espaço restrito condicionamos nosso cérebro a pensar assim e nossa percepção se altera de acordo com esses padrões. Vemos a realidade como algo a ser adaptado pelo nosso principal instrumento atual de expressão: o vídeo. 

 

O vídeo é visual e sonoro, mas é a realidade que nos oferece as sensações físicas. O grande desafio para o artista, dessa forma, é transmitir a riqueza e a complexidade da realidade com os recursos limitados dessa tecnologia. É intrigante observar como a genialidade e talento de cada artista provoca em nós sensações que vão além das restritivas soluções técnicas e até das experiências humanas. Através desse retângulo e dos recursos audiovisuais, cada artista cria sua poética e compõe uma obra única. Além disso, independente da percepção individual do espectador, há de se considerar o significado histórico e artístico contido em cada vídeo. É importante ainda apreciar os aspectos diversos do contexto de cada período, seus valores e possibilidades. Por isso, cada uma dessas obras pode ser vista mais de uma vez, e a cada oportunidade surge um novo olhar, assim como acontece com as telas penduradas nas paredes. Assim como a pintura, o vídeo também é uma tela, mas com movimento e som: este é o princípio base da vídeoarte. 

 

 

Nenhuma outra mídia conseguiu trilhar tão bem o caminho para a contemporaneidade como a vídeoarte. Ao longo de sua trajetória foi eliminando os obstáculos, aperfeiçoando-se, até conquistar seu lugar definitivo nas artes visuais. Não só foi assimilada como recurso pelas mais diversas linguagens, como carrega em si a capacidade de agregar os elementos da arte, como por exemplo a tradição clássica da tela emoldurada ou a narrativa literária. Nesse sentido metalinguístico, como ela pode ser renovadora? Pense nisso enquanto assiste aos vídeos. 

 

Os vídeos aqui escolhidos para serem apresentados online são legítimos, de alta qualidade artística, concebidos primeiramente para serem mostrados em formato original. Trata-se de uma curadoria genuína e autêntica, realizada para transmitir as ideias e as formas de pensamentos que nos fazem pensar, além de nos envolver com as poéticas intrigantes das épocas em que foram concebidos.

 

Ao assistir aos vídeos, permita-se transportar para o período em questão: anos de 1970, 80, 90 ou os anos 2000, e ao mesmo tempo experiencie com eles o que há de universal e duradouro.

 

 

Analivia Cordeiro,

março 2020

 

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Analivia Cordeiro, PhD, bailarina, coreógrafa, videoartista, arquiteta, pesquisadora corporal, curadora da coleção Waldemar Cordeiro. Considerada a primeira videoartista do Brasil (1973) e uma das pioneiras da computer dance mundial, criou vídeos, espetáculos multimídia, o software Nota-Anna de notação de movimento humano e um sistema de alfabetização de português em vídeo. www.analivia.com.br

Em breve você verá aqui a programação completa da exposição.